Ana Isabel Fazendeiro, Graciete Costa, Natália Couceiro, Paula Rodrigues, Rosário Cunha, Fernando Rodrigues

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sexta-feira, 13 de julho de 2012

A presença de anticorpos anti - dsDNA (IgG) no sangue é critério de diagnóstico de lúpus eritematoso, podendo preceder o início do quadro clínico. O valor diagnóstico é particularmente importante quando os anticorpos IgG são de alta avidez (específicos). Foram descritos casos com anticorpos de baixa avidez, em concentrações baixas, noutras patologias (inespecíficos para o lúpus). Nos pacientes com artrite reumatóide tratados com terapêutica anti - TNF, também podem ocorrer estes auto - anticorpos (desaparecendo com a interrupção da terapêutica).
No lúpus, a concentração varia com o grau de actividade da doença, aumentando frequentemente com o processo inflamatório e diminuindo com a terapêutica eficaz.
As imunoglobulinas IgG atravessam a placenta, causando quadros de lúpus neonatal.

Os métodos laboratoriais utilizados para o seu doseamento são, por ordem de especificidade e de sensibilidade:
  • método Farr (RIA)
  • imunofluorescência indirecta (IFI), utilizando Crithidia luciliae como substrato
  • imunoensaio enzimático (ELISA)
  • quimioluminescência (CLIA)
  • fluorimunoensaio (ELIA)
Imunofuorescência indirecta - a Crithidia luciliae é um flagelado, com um cinetoplasto constituído por ADN em dupla cadeia circular, não ligado a proteínas. Este método é sensível e muito específico, particularmente para os auto-anticorpos de avidez moderada a alta.
A diluição inicial do soro é de 1:10.




A interpretação da IFI com Crithidia lucilae é a seguinte:



Negativo - ausência de fluorescência no cinetoplasto


Crithidia (IFI) - Ausência de fluorescência no cinetoplasto (diluição 1:10)




Positivo - fluorescência no cinetoplasto


1 - Corpo basal
2 - Cinetoplasto
(diluição 1:10)



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