A diabetes mellitus tipo 1 A é uma doença autoimune específica de órgão que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos, caracterizando-se pela destruição progressiva das células produtoras de insulina.
Os anticorpos anti - pâncreas ocorrem ainda na fase pré - clínica da doença, funcionando como marcadores precoces do processo autoimune que culmina na diabetes.
Os anticorpos anti - antigénios do citoplasma das células dos ilhéus de Langerhans podem ser evidenciados por imunofluorescência indirecta, utilizando como substrato cortes de pâncreas de primata. Diferentes variáveis podem influenciar a sensibilidade desta metodologia, nomeadamente a qualidade do corte do pâncreas, a duração da incubação com o soro do paciente e o título do conjugado.
Multiplicando o título de anticorpos por 5, obtém-se o valor em unidades JDF (Juvenile Diabetes Foundation).
O pâncreas é uma glândula exócrina (acinosa composta) e endócrina (ilhéus de Langerhans). Os ilhéus, limitados por uma cápsula de tecido conjuntivo, são constituídos por diversos tipos de célula, destacando-se as células α (produtoras de glucagon) com uma localização periférica, e as células ß (produtoras de insulina), com uma localização mais central.
Pâncreas (x10) - observam-se os ilhéus de Langerhans (1) e os ácinos serosos (2)
Pâncreas (x10) - Presença de anticorpos anti - ilhéus de Langerhans. Observa-se a fluorescência dos ilhéus, contrastando com o aspecto negativo dos ácinos serosos |
Pâncreas (x40) - Presença de anticorpos anti - ilhéus de Langerhans. Observa-se a fluorescência no citoplasma das células dos ilhéus. |
Pâncreas (x40) - Presença de anticorpos anti - ilhéus de Langerhans. Observa-se a fluorescência no citoplasma das células do ilhéu. |